Entre 55 e 59 anos - vacinação em junho

Entre 50 e 54 anos - vacinação em julho

Entre 35 e 49 anos - vacinação em agosto

Entre 25 e 34 anos - vacinação em setembro

Entre 18 e 24 anos - vacinação em outubro

Segundo o secretário de Saúde, o cronograma só poderá ser cumprido se o governo federal conseguir seguir o ritmo da distribuição de doses que está previsto. "Obviamente, a velocidade de vacinação não é a mesma em cada município do Estado, os grupos não têm o mesmo tamanho proporcional, então alguns município provavelmente começarão antes e outros depois", afirmou. "O que a gente apresenta aqui são as contas do número de vacinas a serem distribuídas com a proporção de habitantes por faixa etária. Lembrando que estamos condicionados à distribuição da vacina conforme calendário previsto pelo governo federal, então, isso pode ser antecipado ou ser atrasado conforme então distribuição das doses", completou. 

Baccheretti apontou ainda que, para junho, a expectativa é que o Ministério da Saúde receba mais 38 milhões de doses, "sendo que Minas Gerais, normalmente, recebe 10% das vacinas", comentou. Além disso, para julho, estão previstas 35 milhões de doses; em agosto, o número sobe para 68 milhões de doses, enquanto para setembro é de 62,5 milhõese. Em outubro, devem chegar e 65 milhões.

"O que mais impacta a vacinação é atraso da vacina pelo governo federal. nosso problema não está na distribuição do Estado nem na aplicação da vacina, mas na falta da vacina. Qualquer atraso de distribuição pode impactar o nosso calendário", ponderou.

Segundo o secretário de Saúde, mais de 8 milhões de doses já foram aplicadas no Estado. Sendo que cerca de 25% da população já tomou a primeira dose, e 12% já tomou a segunda dose. "3/4 de todo grupo prioritário já tomou sua primeira dose", frisou Baccheretti 

Ele também explicou que a vacinação por faixa etária é possível após deliberação do dia 11 de junho que permite que cada municipio utilize "70% das doses para faixa etária de forma descendente e 30% para terminar os grupos prioritário, como trabalhadores de transporte, de indústria e de limpeza urbana", comentou. "A ideia dessa deliberação é que, diferentemente do que aconteceu com grupo de comorbidades, que exige relatórios medicos, comprovação, e aí houve uma certa desacelaração, a idade, por ser algo prático, se deve mostrar apenas comprovante de endereço e identidade, seja mais rapido e fácil. Não precisa de pré-cadastramento", explicou.

Vacinação dos adolescentes

O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, também disse que ainda não há data para iniciar a vacinação de adolescentes no Estado. Segundo explicou, as pessoas abaixo de 18 anos e acima de 12 anos não estão contempladas, até o momento, no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde e, portanto, não há previsão de quando o grupo será contemplado. "Não estava prevista, inicialmente, a vacinação abaixo de 18 anos no PNI. Então, não podemos prever ainda a vacinação de adolescentes e crianças, enquanto o Ministério da Saúde não trouxer isso no calendário deles", argumentou.

"No momento em que o governo federal colocar crianças e adolescentes (no PNI), nós vamos pegar essa informação, na ordem de prioridade, que  a expectativa é que seja depois 18 anos, porque sabemos que crianças são menos vulneráveis a doença, a letalidade é bem menor que adulto, não são um grupo de risco", ponderou.

Vale lembrar que a Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais tem seguido à risca o que o Ministério da Saúde sugere, apesar de isso não ser uma obrigatoriedade, segundo a pasta já informou, por diversas ocasiões, à reportagem. Nesta segunda-feira (14), Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, informou que vai vacinar os adolescentes de 12 a 14 - inicialmente de escolas municipais, a partir desta quarta-feira (16). 

Atualmente, apenas uma vacina pode ser aplicada em adolescentes de 12 a 18 anos no país, a da Pfizer, que recebeu a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 

Variantes

Durante a coletiva de impresa, o secretário de Estado de Saúde, negou a presença da cepa indiana em Minas Gerais. "A variante conhecida do estado hoje é a P1, principal de Manaus, que é mais transmissível. Já a cepa indiana não há nenhum registro de transmissão, o único paciente já foi acompanhado, não transmite mais. Pessoas que tiveram contato foram testadas, ou seja, nada que comprove que houve transmissão em Minas", destacou. 

Matéria de Letícia Fontes (com Aline Gonçalves)
O Tempo

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