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GREVE - Cerca de 60 mil servidores da segurança pública deverão ir a protesto na Cidade Administrativa

Representantes das forças de segurança de Minas Gerais voltam a se mobilizar nesta quarta-feira (9) em manifestação na Cidade Administrativa. Os servidores da área estão em greve desde o dia 22 de fevereiro. Segundo lideranças e deputados que representam o setor, não há outra solução senão o pagamento da recomposição salarial. 

Segundo as lideranças, são aguardadas 60 mil pessoas. “Você tem uma reunião na parte da manhã de um dia, não abre nenhum processo de negociação, aí no outro dia ele projeta um desfecho? O que esperar desse governo? Será que ele está trazendo a Força Nacional para cá para nos enfrentar? Porque, se ele não abre diálogo, hoje é sexta-feira... Se ele está interessado, que abra esse processo de negociação, mas não fique na retórica”, pontuou Héder Martins de Oliveira, presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra-PMBM). 

Na quinta-feira, lideranças sindicais se reuniram com a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, na Cidade Administrativa, mas o encontro não resultou em nenhum avanço. A principal demanda da segurança pública é o cumprimento do acordo de recomposição inflacionária firmado em 2019 e ratificado e aprovado pela Assembleia Legislativa (ALMG). O reajuste foi dividido em três parcelas, sendo uma de 13% em 2020 e outras duas de 12%, que incidiriam em 2021 e 2022. Enquanto a primeira foi quitada, as demais foram vetadas pelo governador.

A categoria ainda reivindica a retirada do acréscimo no abono-fardamento proposto pelo Palácio Tiradentes – ampliação de uma parcela anual de R$ 1.800 para três de R$ 2.000 –, o que, argumenta, quebraria a paridade e a integralidade entre as carreiras da segurança. A reivindicação final é a retirada do projeto de adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) de tramitação na ALMG.

Em contrapartida, o Estado fez a proposta, encaminhada à ALMG, de recomposição inflacionária de 10,06% a todo o funcionalismo. “Esse governador não tem palavra e fica arrumando desculpa e mentindo. Quer ver como ele está mentindo? Ele falava que não poderia pagar antes de se aprovar o Regime de Recuperação Fiscal, falava que não tinha caixa. Agora ele propõe retirar a urgência e envia um PL para dar recomposição de 10% para todos os servidores. Por que agora pode?”, questionou o deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB).

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