A comissão especial que analisará o veto parcial do governador Romeu Zema ao reajuste do funcionalismo tem perfil de oposição ao governo. 

Dos cinco deputados que compõem o colegiado, três são ligados ao funcionalismo público, além de Sávio Souza Cruz (MDB), que é crítico ao governo.

Beatriz Cerqueira (PT) e Professor Cleiton (PSB) são representantes dos servidores da Educação, que querem o pagamento do piso salarial nacional. Para isso, é necessário a concessão de 33% de reajuste, o que foi vetado pelo governador.

Além deles, o deputado Sargento Rodrigues (PL) é o principal líder, na ALMG, do movimento das forças de segurança que pede, desde fevereiro, que Zema cumpra um acordo de 2019 com a categoria.

Para isso, além dos 10% de recomposição que o governador sancionou, a ALMG aprovou mais 14% para a segurança pública. O mesmo índice adicional foi aprovado para a saúde. Zema, no entanto, vetou ambos. 

O único membro do bloco de apoio ao governo que estará na comissão é Guilherme da Cunha (Novo). Ele deverá ser o defensor solitário na comissão do veto de Zema.

A primeira reunião da comissão foi convocada para às 16h desta sexta-feira (8). O objetivo é escolher o presidente e o relator. 

O papel da comissão é emitir um parecer sobre o veto para orientar a votação dos demais deputados em plenário. 

Os parlamentares não são obrigados a seguir o parecer  e podem votar pela manutenção ou derrubada da decisão do governador. 

Apesar disso, um parecer favorável à derrubada na comissão funciona, na prática, como uma pista de qual será a decisão do plenário.

Se os deputados derrubarem o veto, Zema tem 48 horas para transformá-lo em lei. Se ele não o fizer, a promulgação caberá ao presidente da ALMG, Agostinho Patrus (PV).

O Tempo

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