NAS PROFUNDEZAS - Prefeitura inicia estudo geológico para identificar causa do abatimento do solo no Santa Luzia
Um dos maiores enigmas recentes de Sete Lagoas pode ser desvendado brevemente. Foi iniciado o estudo técnico para definir o que provoca a acomodação do solo em uma região do bairro Santa Luzia.
O serviço especializado foi contratado pela Prefeitura, que aguarda o resultado para definir qual tipo de intervenção deverá ser realizada no local. O prefeito Duílio de Castro e o secretário municipal de Obras, Antônio Garcia Maciel, acompanharam o início da sondagem profunda.
A empresa contratada por meio de processo licitatório é a CWM Geotecnologia. Além do perímetro formado pela ligação das ruas Tupiniquins e Nestor Fóscolo, ela também irá analisar um trecho da rua Professora Tarcila do Santos, também no Santa Luzia, onde há uma leve acomodação do piso. A Prefeitura está investindo R$ 34.200,00 neste contrato.
Prefeito Duílio de Castro e o geólogo Carlos Ribeiro visitaram o local na manhã desta sexta-feira
As perfurações foram iniciadas na manhã desta sexta-feira, 30, perto de onde a pista cedeu e provocou grandes rachaduras no asfalto e em paredes de alguns imóveis. “Este trabalho técnico e especializado vai permitir uma decisão certa e objetiva para solucionar este problema. Queremos tranquilizar a população, que ficou apreensiva por este fenômeno, que voltou a acontecer depois de 35 anos. Vamos encontrar o caminho para acabar de vez com esse transtorno”, destacou o prefeito Duílio de Castro.
O levantamento é minucioso e será realizado em etapas. Na próxima, modernos equipamentos poderão detectar qualquer vibração que ocorrer a vários metros de profundidade. Tudo baseado em conceitos da Geologia. “Neste momento ocorre a sondagem e também será realizado um estudo mais abrangente com alta tecnologia durante a madrugada, quando o trânsito será interrompido para evitar interferências na coleta de informações”, detalha Antônio Garcia Maciel.
Os profissionais acreditam que o abatimento está sendo provocado pela acomodação de rochas carbonáticas que podem se dissolver com o passar dos anos. O estudo vai detalhar que tipo de camada existe na região e a profundidade das ocorrências. “Essas rochas são comuns na região de Sete Lagoas e o seu desgaste pode provocar cavidades subterrâneas que podem afundar. Estamos fazendo uma investigação geofísica e a sondagem para delimitar qual região pode ser afetada pela situação local. Com esta resposta poderemos definir uma contensão eficaz e resolver definitivamente esse problema”, esclareceu Carlos Vinícius Alves Ribeiro, geólogo da CWM Geotecnologia.
ENTENDA O CASO
No dia 2 de abril deste ano foi registrado um abatimento considerável em parte da pista entre as ruas Nestor Fóscolo e Tupiniquins. Em poucas horas, a Prefeitura montou uma força-tarefa para apurar causas e, simultaneamente, realizar reparos emergenciais. O abatimento provocou rebaixamento e trincas no asfalto. Em parceria com o SAAE, uma grande cratera foi aberta, mas nenhuma anomalia foi identificada. Todo o trabalho foi acompanhado pela Defesa Civil e Guarda Civil Municipal para garantir a segurança do perímetro e dos imóveis próximos. Para evitar alagamentos e acidentes, a cratera foi fechada no início de maio. Porém, em poucos dias um abatimento de grande intensidade foi registrado em parte da rua Nestor Fóscolo. O trecho está isolado e o trânsito liberado em parte da pista.
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