GRAVE - Em Matozinhos, mulher foi retirar DIU e morreu
Boletim de ocorrência foi registrado como 'erro médico'
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou um inquérito policial para investigar causas da morte de Jéssica Marques Vieira (foto), de 32 anos. A mulher faleceu após entrar em um consultório para retirar um dispositivo intrauterino (DIU) em uma clínica em Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte. A corporação informou nesta quinta-feira (9) que aguarda a finalização dos laudos periciais para começar a apuração.
O que aconteceu
Segundo o Boletim de Ocorrência que a Itatiaia teve acesso, o caso foi registrado no último sábado como erro médico. Conforme o registro, o pai e o companheiro de Jéssica foram até a clínica para acompanhá-la no procedimento da remoção do método contraceptivo no local que fica na avenida Caio Martins, no Centro da cidade. O procedimento, que seria feito por um médico cardiologista, começou às 7h30.
Contudo, por volta das 9h30, a paciente não havia saído do consultório. O pai contou aos policiais que percebeu que algo de errado teria acontecido após ver a recepcionista entrando na sala com duas bolsas de soro e deixando o local assustada. Ao ser questionada, ela disse que não sabia de nada e negou que teria ido ao local onde a filha estava.
Sem notícias, o pai percebeu “entra e sai de dentro do consultório”. Foi então que abordou outras duas mulheres a respeito do estado de saúde da filha. Uma delas disse, em baixo tom, que “a situação não tá boa não”.
Ainda segundo o boletim, um tempo depois, funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) chegaram com um desfibrilador em mãos. Em seguida, a paciente foi levada para a unidade de saúde municipal. O pai contou que “ao passarem com Jéssica pelo corredor para embarque na ambulância, observou que ela estava mais pálida que o normal e com os lábios bem roxos.” Nesse momento, o aposentado — que trabalha como vigilante e tendo realizado cursos de primeiros socorros e brigadista — percebeu que Jéssica estava sem vida.
O médico foi questionado pelo pai que, segundo o registro policial, negou que a jovem estivesse morta e disse haver feito o procedimento de ressuscitação por 19 vezes. Porém, o esposo foi impedido de acompanhar Jéssica na ambulância.
O pai e o companheiro foram até a UPA para acompanhá-la, mas disseram que não conseguiram ter notícias. Apenas por volta das 14h30, o rabecão chegou ao local e a morte foi confirmada pelo motorista do veículo que faria a remoção do corpo.
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