O anúncio foi feito com toda a pompa como se fosse algo positivo: a Prefeitura de Sete Lagoas acaba de fazer um empréstimo no valor de R$ 15 milhões junto ao Banco do Brasil, com anuência dos vereadores da Câmara Municipal. Dividindo pelos 238.909 habitantes do município, segundo o IBGE (2025), é como se cada morador passasse a dever R$ 62,80 ao banco, além dos impostos que já paga.

De acordo com o prefeito, a "dívida misteriosa" será destinada a obras na cidade mas, passado mais de uma semana do anúncio, ainda não se sabe quais. Obras, obviamente, são sempre bem vindas, ainda mais em uma administração que, passados dez meses, ainda não iniciou ou entregou uma obra relevante para os sete-lagoanos, se limitando a apoiar eventos e inaugurar parquinho infantil.

Duas curiosidades, no entanto, chamam a atenção: a primeira delas diz respeito ao valor da nova dívida assumida. Com uma arrecadação anual superior a R$ 1,8 bilhão, por qual motivo a Prefeitura teria que pegar emprestado um montante que representa menos de 1% da arrecadação municipal? 

O segundo questionamento diz respeito ao "presente misterioso" que seria o destino do dinheiro da dívida. Mais de uma semana depois do anúncio, a população não sabe quais obras, nem quando começam. "Nossa cidade, nossa gente, nossa dívida"...
 

Compartilhe no Whatsapp: Clique aqui!