Enquanto o prefeito Douglas Melo segue se vangloriando por apoiar eventos privados realizados por terceiros, a população de Sete Lagoas vê diariamente o desmantelamento dos serviços públicos municipais, principalmente na saúde.

Na tarde desta quarta-feira, 15 de outubro, um acidente na rua Santa Juliana, a mais movimentada via de acesso dos bairros da região Norte da cidade ao centro, envolveu um motociclista e um veículo Fiat. Com a batida, a moto foi parar debaixo do carro.

Ao acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, uma parente da vítima se indignou ao constatar que o socorro não seria possível. "Ligamos pro SAMU e a atendente teve a coragem de falar que não tem SAMU, que só tem três SAMU (ambulâncias) na cidade. Uma vergonha! Pra Prefeitura, pra administração, pra tudo", queixou-se, em um vídeo que vem circulando nas redes sociais da cidade.

Novo consórcio
Vale lembrar que o desmantelamento do SAMU de Sete Lagoas vem sendo proposto desde junho pelo atual prefeito. Há pouco menos de quatro mses, uma reunião com prefeitos da região foi realizada com uma proposta de reformulação do modelo de gestão do SAMU Regional. A iniciativa tem como objetivo substituir o atual formato centralizado por um consórcio intermunicipal.

A iniciativa, segundo a Prefeitura, buscaria mais equilíbrio financeiro e operacional entre os 35 municípios atendidos pelo serviço desde sua regionalização, oficializada em março de 2023. O que tem-se visto, no entanto, é o sucateamento do serviço, com poucas ambulâncias e muito tempo de espera das vítimas, o que muitas vezes pode ser fatal.

“O problema está na carga financeira que recai exclusivamente sobre Sete Lagoas. Já comunicamos que não continuaremos neste modelo. Dentro de 30 dias, passaremos a operar com uma nova estrutura, e esperamos que os demais municípios façam parte do consórcio”, afirmou o prefeito durante a reunião. O resultado, infelizmente, está aí
 

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