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[VEJA VÍDEO] Incompetência ou má fé? Gestão Douglas Melo afirma que não há extrema pobreza em Sete Lagoas

[VEJA VÍDEO] Incompetência ou má fé? Gestão Douglas Melo afirma que não há extrema pobreza em Sete Lagoas

Que o prefeito Douglas Melo não gosta de ajudar as pessoas carentes e em situação de vulnerabilidade social, isso todo sete-lagoano já sabe. Basta lembrar que, em 2020, durante o auge da pandemia, sua equipe de campanha entrou com recurso contra a distribuição de cestas básicas por parte da Prefeitura (relembre aqui). Uma ação emergencial que beneficiou milhares de famílias.

Ainda não completou nem um ano de governo e o atual prefeito mais uma vez tapou os olhos para a triste realidade da cidade, reduzindo drasticamente a quantidade de cestas básicas distribuídas à população em situação de fome. 

Durante uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de Sete Lagoas nesta quarta-feira, 22 de outubro, a secretária de Assistência Social, Cidinha Canabrava, afirmou que o município "não vive uma vulnerabilidade extrema em relação à alimentação". Enquanto isso, entidades como a Projeto Seja Luz, formado por jovens católicos de Sete Lagoas, está convocando a comunidade para ajudar quem mais precisa (veja aqui).

Porém, os números da própria secretaria, divulgados em 2023, desmentem tal afirmação, provando que ou a Prefeitura anda mal informada ou age de má fé, negando um provimento básico aos mais necessitados. É possível acessar o diagnóstico nesse link.

Segundo levantamento técnico da pasta, 4.348 famílias vivem em situação de extrema pobreza, com renda per capita de até R$ 105,00 por mês, e outras 2.618 famílias estão em situação de pobreza, com renda entre R$ 105,01 e R$ 210,00. Somadas, essas faixas representam 30,5% do total de 22.820 famílias cadastradas no CadÚnico. Logo, quase um terço da população atendida pela assistência social de Sete Lagoas vive com menos de R$ 210 mensais por pessoa.

O mesmo estudo mostra que o CRAS IV concentra o maior percentual de famílias em extrema pobreza (21,4%), seguido pelos CRAS II e III, ambos com índices de vulnerabilidade acima de 30%. Até mesmo o CRAS I, que apresenta o menor percentual relativo (15,4%), registra mais de mil famílias vivendo com renda mensal inferior a R$ 105,00. Diante de números tão expressivos, fica difícil sustentar que a vulnerabilidade não é extrema.

Vale lembrar também que esta semana o vereador Ivson de Castro denunciou que toneladas de alimentos doados durante a Exposete seguem apodrecendo no almoxarifado da mesma secretaria (relembre aqui). Ou seja: não é falta de comida para distribuir e nem de pessoas para receber. É falta de comando e de gestão mesmo. E falta de humanidade também.

Enquanto isso, a Prefeitura segue arrecadando toneladas de alimentos em eventos como a Exposete, não divulgando o total arrecadado e nem a destinação da solidariedade do povo sete-lagoano, colocando em cheque qualquer tentativa de arrecadar alimentos nos próximos eventos. Quem vai querer doar sabendo que o alimento não será entregue e achando que ninguém precisa?
 

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