A menos de 20 dias do aniversário de 158 anos de Sete Lagoas, comemorado no dia 23 de novembro, a Prefeitura ainda não divulgou oficialmente a programação da tradicional festa de aniversário da cidade, um descaso que já começa a gerar insatisfação entre comerciantes, barraqueiros e a própria população.

A ausência de informações sobre o evento, que movimentou a economia local e atraiu milhares de pessoas nos últimos anos, revela a falta de planejamento e de transparência da atual administração. Sem saber as atrações e datas, os barraqueiros, por exemplo, não conseguem se preparar adequadamente, já que precisam organizar estoques, contratar pessoal e arcar com despesas com antecedência.

Até o momento, os únicos nomes nacionais ventilados (e ainda de forma extraoficial) são o do cantor Mumuzinho (ele divulgou a agenda em seu perfil no Instagram) e da banda Lagum. Só que o pagodeiro já se apresentou na cidade há dois anos, em 2023, no Arena Music Festival e, antes disso, em 2015, em um show marcado por confusão e até tiroteio. E, se não fosse o Festival Nacional de Arte de Rua (Fenar), bancado pela Cimento Nacional, nem isso os sete-lagoanos teriam. De resto, o evento deverá contar com atrações locais.

A repetição de atrações e a ausência de nomes de peso reforçam a percepção de que a Prefeitura, com menos de um ano da atual gestão, perdeu cedo o brilho e a capacidade de promover grandes eventos, como nas gestões anteriores, que trouxeram artistas como Leonardo, Paralamas do Sucesso, Raça Negra e Eduardo Costa, entre outros.

Um reflexo da falta de organização e de prioridade da atual gestão com a cultura e o lazer da população. Comemorando 158 anos, Sete Lagoas merecia mais do que improviso e silêncio. Merecia uma festa à altura da sua história.

 

 

 

 

 

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